Sentada na cama, repassando tudo o que eu já pensei em dizer tantas vezes, não consegui falar nada.
Antigamente, no começo de tudo, a gente falava o tempo todo. Agora, nossa conversa tem muitos silêncios constrangedores que são cheios de significados que eu não consigo entender; cheia de "mas então..." e suspiros.
Eu fico com dor de cabeça de tanto pensar e nunca chego numa conclusão. Como foi que a gente acabou desse jeito mesmo?
Porque, você sabe, nós literalmente acabamos.
Não posso dizer que não tem mais graça, mas também não vou conseguir mentir e dizer que ainda tem a mesma graça de sempre.
Eu sempre achei que ia acabar com você, sabia? No final dos finais, depois de ter conhecido todo mundo que eu tinha que conhecer e depois de fazer tudo que eu tinha pra fazer. Sempre jurei que, um dia, quando eu fosse bem resolvida, eu ia esbarrar com você numa esquina em Paris ou em outro lugar assim, ia olhar pra você, franzir o cenho como eu sempre faço quando acho que entendi alguma coisa e lembrar da gente. A gente poderia até tomar um café, quem sabe. Mas era você, sempre você.
Faz um tempo, eu comecei a duvidar disso. Eu conseguia me imaginar tomando café com outras pessoas e até congitava acabar com alguém que eu ainda não conhecia.
Mas agora, eu tenho certeza. Não é com você que eu vou acabar.
Você me deixa louca o tempo todo e eu sei que eu te irrito mais do que ninguém nesse mundo.
As pessoas ainda falam "nossa, vocês vão casar!" mas eu faço caretas sinceras e explico que não quero isso. Nem pra mim, nem pra você.
O que eu acabei de perceber é que eu acho que acabou mesmo. Minha meta pro ano que vem é parar de olhar pro visor do celular a cada 5 minutos até depois das 2h, afinal, já foram dois anos caindo de cara.
Você não me faz bem, não mais.
Está mais do que na hora de eu começar a ouvir os conselhos que eu sempre dei pra minhas amigas, sobre "deixar pra lá" e "parar de procurar sarna pra se coçar".
Então, acho que é isso: Pode guardar suas musicas pra você.
Tenha uma ótima vida e pode ter certeza que eu guardo o melhor do você comigo.
Marina.
sábado, 20 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Aos que não lembraram
"Só mais 5 minutos", eu pensava. "Se em 5 minutos ele não ligar, eu vou dormir".
E de 5 em 5 minutos, você não ligou. De 5 em 5 minutos, eu esperei até muito tarde. Tarde mesmo. Até passou da hora, de tão tarde que era, mas eu estava esperando mesmo assim.
O telefone tocou algumas vezes e em nenhuma delas era você.
Eu estava até preparada pra aceitar qualquer desculpinha que você tivesse inventado. Qualquer festa pra onde você foi arrastado, qualquer pití da fulaninha, qualquer passeio com o cachorro servia, mas nem isso aconteceu.
Eu teria te contado que quando virou meia noite eu estava fora e nem lembrei de comentar; teria te dito que quando eu acordei, não tava com cara de 16. Eu ia comentar sobre o churrasco; sobre o parabéns que eu tive que presenciar e sobre como eu fiquei roxa e morrendo de raiva. Isso se você tivesse ligado, é claro.
Sabe, eu passei o dia com as meninas e nem isso salvou o dia de ser broxante. É tudo culpa do domingo, sabe? Mas não que você tenha ligado pra perguntar, de qualquer jeito.
Tirei o avisinho de orkut e quase ninguem lembrou. Umas 12 pessoas, no máximo.
Mas você não ter ligado foi o pior de tudo.
Eu fiquei lendo o livro que eu ganhei (obrigada, vó) e fingindo que não estava esperando. Lá pelo capitulo 8, desisti de fingir e coloquei a celular do lado do travesseiro. Quando eu cheguei no capitulo 13, já eram 3h e nada de você.
"Ah, foda-se! Se não ligou até agora, não quero mais saber."
Eu fui dormir.
As 8:40, o telefone tocou. Finalmente. E era você.
Mas quer saber? Hoje não é mais ontem e eu tô com muito sono pra você.
E de 5 em 5 minutos, você não ligou. De 5 em 5 minutos, eu esperei até muito tarde. Tarde mesmo. Até passou da hora, de tão tarde que era, mas eu estava esperando mesmo assim.
O telefone tocou algumas vezes e em nenhuma delas era você.
Eu estava até preparada pra aceitar qualquer desculpinha que você tivesse inventado. Qualquer festa pra onde você foi arrastado, qualquer pití da fulaninha, qualquer passeio com o cachorro servia, mas nem isso aconteceu.
Eu teria te contado que quando virou meia noite eu estava fora e nem lembrei de comentar; teria te dito que quando eu acordei, não tava com cara de 16. Eu ia comentar sobre o churrasco; sobre o parabéns que eu tive que presenciar e sobre como eu fiquei roxa e morrendo de raiva. Isso se você tivesse ligado, é claro.
Sabe, eu passei o dia com as meninas e nem isso salvou o dia de ser broxante. É tudo culpa do domingo, sabe? Mas não que você tenha ligado pra perguntar, de qualquer jeito.
Tirei o avisinho de orkut e quase ninguem lembrou. Umas 12 pessoas, no máximo.
Mas você não ter ligado foi o pior de tudo.
Eu fiquei lendo o livro que eu ganhei (obrigada, vó) e fingindo que não estava esperando. Lá pelo capitulo 8, desisti de fingir e coloquei a celular do lado do travesseiro. Quando eu cheguei no capitulo 13, já eram 3h e nada de você.
"Ah, foda-se! Se não ligou até agora, não quero mais saber."
Eu fui dormir.
As 8:40, o telefone tocou. Finalmente. E era você.
Mas quer saber? Hoje não é mais ontem e eu tô com muito sono pra você.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Questão de principios
Eu acho que eu nunca te disse o quanto eu gosto de você, não é? Bom, aqui está. Acho que você devia saber que vou sentir muito a sua falta, apesar de eu mesma não saber quanto é esse 'muito'.
É estranho pensar que eu vou sentir falta de alguma coisa que, até pouco tempo atrás, eu não sabia que eu fazia questão. Mas eu faço.
Aí está o problema. Eu faço questão de você.
Nunca achei que eu ia precisar de algo desse tipo e, realmente, eu não preciso. Mas ainda assim, é tão legal.
Cada 'se cuida' é alguma coisa e só o fato de você querer saber se eu fui já é o bastante. Também me agrada bastante o fato de você querer saber se eu vou, apesar de você próprio não poder ir.
Eu não ligo se você vai pra todos os lugares de chinelo e eu só uso tênis; não ligo se você odeia as musicas que eu escuto e eu nunca ouvi falar das suas bandas favoritas. E daí se você é a pessoa mais sociável que eu já vi e eu não consigo nem falar no telefone direito?
Apesar de você me deixar irritada de próposito, eu vou sentir falta disso também.
Não ligo se você vai contra tudo que eu acredito ou se eu sou totalmente errada pra você.
Só o fato de você se importar já é alguma coisa e isso é o bastante por agora.
É estranho pensar que eu vou sentir falta de alguma coisa que, até pouco tempo atrás, eu não sabia que eu fazia questão. Mas eu faço.
Aí está o problema. Eu faço questão de você.
Nunca achei que eu ia precisar de algo desse tipo e, realmente, eu não preciso. Mas ainda assim, é tão legal.
Cada 'se cuida' é alguma coisa e só o fato de você querer saber se eu fui já é o bastante. Também me agrada bastante o fato de você querer saber se eu vou, apesar de você próprio não poder ir.
Eu não ligo se você vai pra todos os lugares de chinelo e eu só uso tênis; não ligo se você odeia as musicas que eu escuto e eu nunca ouvi falar das suas bandas favoritas. E daí se você é a pessoa mais sociável que eu já vi e eu não consigo nem falar no telefone direito?
Apesar de você me deixar irritada de próposito, eu vou sentir falta disso também.
Não ligo se você vai contra tudo que eu acredito ou se eu sou totalmente errada pra você.
Só o fato de você se importar já é alguma coisa e isso é o bastante por agora.
Assinar:
Postagens (Atom)