Não se importava com o fato de ela ser mais alta do que ele ou o fato de odiar quando ele cutucava o tempo todo ou quando o cabelo dela bagunçava com o vento. Não ligava se o pai dela o achava um delinqüente ou se a mãe dela tinha adorado o seu cabelo esquisito. Ele gostava de chocolate e ela, de morango. Ela, do dia e ele, da noite. E dai se a matéria favorita dela era matemática e ele só ia bem em história? Ele não se importava quando ela saía descabelada e suada do treine de volei e não ligava se o tênis combinava com a meia. Ele também não estava nem ai se ela tinha saido com as botas novas e ele, com o all star velho.
O importante é que um tinha o outro e isso bastava, por tudo.
segunda-feira, 24 de março de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
a História do pingüim
A época critica esta chegando e eu sei que você também já reparou.
São nesses dias que estão por vir que eu lembro das poucas coisas que eu consegui guardar.
Eu não tenho escrito muito, mas você continua comigo. Continua sabendo tudo sobre mim. Você realmente fez sua lição de casa, não é ?
(...)
Ontem, lendo o que você escreveu, me bateu um medo absurdo. Foi um ataque de pânico, eu diria. Eu realmente percebi que você talvez não volte, que talvez eu não te veja mais.
Ai caramba, quem tirou o chão daqui ?
Eu continuo fingindo que estou tranquila e continuo mudando os nomes dos personagens, pra não precisar citas ninguém, mas eu sei que pra você não adianta mentir.
Eu sinto uma saudade absurda de não sentir saudades.
(...)
Tudo o que eu queria é que os abraços tivessem durado um pouco mais.
Mas vai saber. Talvez isso seja pedir demais.
Ou, quem sabe, pedir na hora errada.
São nesses dias que estão por vir que eu lembro das poucas coisas que eu consegui guardar.
Eu não tenho escrito muito, mas você continua comigo. Continua sabendo tudo sobre mim. Você realmente fez sua lição de casa, não é ?
(...)
Ontem, lendo o que você escreveu, me bateu um medo absurdo. Foi um ataque de pânico, eu diria. Eu realmente percebi que você talvez não volte, que talvez eu não te veja mais.
Ai caramba, quem tirou o chão daqui ?
Eu continuo fingindo que estou tranquila e continuo mudando os nomes dos personagens, pra não precisar citas ninguém, mas eu sei que pra você não adianta mentir.
Eu sinto uma saudade absurda de não sentir saudades.
(...)
Tudo o que eu queria é que os abraços tivessem durado um pouco mais.
Mas vai saber. Talvez isso seja pedir demais.
Ou, quem sabe, pedir na hora errada.
terça-feira, 18 de março de 2008
Erm.. legal.
Eu não sou muito boa com demonstrações de afeto.
A maioria já deve ter reparado, é claro. Isso deve ter sido tão revelador quanto se eu tivesse dito que Marina se escreve com 'a'.
Mas não quero que me entendam mal. Eu não sou fria (nem sempre).
Eu só não me sinto confortável em demonstrar emoções em publico. Eu me sinto exposta, ou sei lá.
Talvez, algum dia, você receba uma carta ou até mesmo um scrap (graande orkut) meu, dizendo coisas legais sobre você, sobre mim e sobre 'nós'. Talvez você até ganhe algumas frases de efeito bem elaboradas e, quem sabe, sitações de algum cara morto.
Se um dia isso acontecer, pode ter certeza que aquilo foi pensado. E como. Eu devo ter demorado semanas pra escrever e te mandar aquilo. Eu sou assim.
Não estou dizendo que sou a 'senhora-fodona-que-todos-amam', mas varias vezes, no meio da aula, quando alguém escrevia alguma coisa meiga no meu caderno (ou na mesa...ou no meu braço) eu sorria e dizia 'obrigada.'
Nenhum 'eu te amo.' Nem mesmo um 'eu também.'
Talvez, eu tenha sorrido só para ser simpatica, mas, na maioria das vezes, eu sorria e pensava 'Nossa, como eu gosto dela(e)!'
Mas, nessa altura do campeonato, você deveria saber quem eu sou.
Se não sabe, vou me apresentar: eu sou Marina odeio-demonstrar-intimidade-demais Ascenção. Pois é. Mais uma vez, eu admiti algo sobre mim e você nem teve que fazer nada.
Puxa, como eu sou dada, não ?
Uma das minhas teorias sobre minha falta de 'sei-lá-o-que' que me impede de dizer coisas legais para pessoas legais é que eu tenho medo de me tornar efusiva. (Ó, como eu odeio pessoas efusivas).
Mas essa é só mais uma das minhas teorias.
A maioria já deve ter reparado, é claro. Isso deve ter sido tão revelador quanto se eu tivesse dito que Marina se escreve com 'a'.
Mas não quero que me entendam mal. Eu não sou fria (nem sempre).
Eu só não me sinto confortável em demonstrar emoções em publico. Eu me sinto exposta, ou sei lá.
Talvez, algum dia, você receba uma carta ou até mesmo um scrap (graande orkut) meu, dizendo coisas legais sobre você, sobre mim e sobre 'nós'. Talvez você até ganhe algumas frases de efeito bem elaboradas e, quem sabe, sitações de algum cara morto.
Se um dia isso acontecer, pode ter certeza que aquilo foi pensado. E como. Eu devo ter demorado semanas pra escrever e te mandar aquilo. Eu sou assim.
Não estou dizendo que sou a 'senhora-fodona-que-todos-amam', mas varias vezes, no meio da aula, quando alguém escrevia alguma coisa meiga no meu caderno (ou na mesa...ou no meu braço) eu sorria e dizia 'obrigada.'
Nenhum 'eu te amo.' Nem mesmo um 'eu também.'
Talvez, eu tenha sorrido só para ser simpatica, mas, na maioria das vezes, eu sorria e pensava 'Nossa, como eu gosto dela(e)!'
Mas, nessa altura do campeonato, você deveria saber quem eu sou.
Se não sabe, vou me apresentar: eu sou Marina odeio-demonstrar-intimidade-demais Ascenção. Pois é. Mais uma vez, eu admiti algo sobre mim e você nem teve que fazer nada.
Puxa, como eu sou dada, não ?
Uma das minhas teorias sobre minha falta de 'sei-lá-o-que' que me impede de dizer coisas legais para pessoas legais é que eu tenho medo de me tornar efusiva. (Ó, como eu odeio pessoas efusivas).
Mas essa é só mais uma das minhas teorias.
sábado, 15 de março de 2008
Pequenos milagres (?)
Quarta-feira foi aniversário da minha mãe e ela não queria estar em casa para receber ligações chatas (haha, nessas horas, eu começo a acreditar que eu sou filha da minha mãe) então fomos ao shopping.Então, lá estava eu, com minha bandeja, pensando ' Alface lisa ou americana? ', quando uma menina de uns 4 anos olhos pra minha bandeja e gritou 'ECA!' quando eu finalmente me decidi pela alface lisa. Strike 1.
Fui andando e pensando sobre o que eu ia comer e a menina saracuteava na minha frente e a mãe só dizia 'Fulana, pára!'.
Ela conseguiu se pendurar em algum lugar, pegou a colher da sopa (Onde ela achou a sopa, eu não sei) e espalhou o conteúdo da concha pelo chão. Strike 2.
Quando eu estava na fila para pagar, com a bandeja na mão, o mesmo anjinho ficou na ponta dos pés pra tentar ver o que tinha na minha bandeja. Eu abaixei a bandeja pra ela poder ver e ela abriu um sorrisão pra mim.
-Ué, onde você conseguiu essa batatinha ? - ela perguntou.
-Alí ó. - apontei.
-Mãããe! Pega batatiiinha? Eu quero batatiiiiinhaaaaa!
A mãe da doce criatura já estava pagando.
-Hoje não, filha.
Ela me olhou com aqueles olhinhos brilhantes. O lábio inferior dela começou a tremer mais que a perna esquerda do Elvis e ela disse.
-Me dá uma ?
Eu abaixei a bandeja de novo, para ela poder pegar uma batata. Resultado? Ela enfiou a mão e todas as batatas antes de escolher a que ela queria.
A mãe dela olhou a cena, deu um soriso sem graça pra mim, me pediu desculpas e levou a gracinha embora. Strike 3. OUT!
E você? Não morre de vontade de ter filhos ?
Eu definitivamente não.
Fui andando e pensando sobre o que eu ia comer e a menina saracuteava na minha frente e a mãe só dizia 'Fulana, pára!'.
Ela conseguiu se pendurar em algum lugar, pegou a colher da sopa (Onde ela achou a sopa, eu não sei) e espalhou o conteúdo da concha pelo chão. Strike 2.
Quando eu estava na fila para pagar, com a bandeja na mão, o mesmo anjinho ficou na ponta dos pés pra tentar ver o que tinha na minha bandeja. Eu abaixei a bandeja pra ela poder ver e ela abriu um sorrisão pra mim.
-Ué, onde você conseguiu essa batatinha ? - ela perguntou.
-Alí ó. - apontei.
-Mãããe! Pega batatiiinha? Eu quero batatiiiiinhaaaaa!
A mãe da doce criatura já estava pagando.
-Hoje não, filha.
Ela me olhou com aqueles olhinhos brilhantes. O lábio inferior dela começou a tremer mais que a perna esquerda do Elvis e ela disse.
-Me dá uma ?
Eu abaixei a bandeja de novo, para ela poder pegar uma batata. Resultado? Ela enfiou a mão e todas as batatas antes de escolher a que ela queria.
A mãe dela olhou a cena, deu um soriso sem graça pra mim, me pediu desculpas e levou a gracinha embora. Strike 3. OUT!
E você? Não morre de vontade de ter filhos ?
Eu definitivamente não.
domingo, 9 de março de 2008
Para doação
Sim, meus amigos, ela consegue o impossível.
Ela me tira do sério.
Ela acaba com a minha 'paciência de Jó'.
Ela realmente, tem um dom.
Cena:
Eu acabou de chegar em casa, ligo a tv e começo a assistir qualquer coisa. Cinco minutos depois, ela desce do escritório para a sala.
- Eu não gosto desse programa.
- Problema é seu.
- Mas eu não quero ver. MUDA!
- HAHA ! Você estava no computador, volta pra lá, vai.
- Mas eu já tinha pensado em descer pra ver tv bem antes de você chegar, tá ?!
Detalhe, ela tem 11 anos. E assiste Discovery Kids.
Eu acho que a) ela é retardada e esconde muito bem dos meus pais b) ela faz só pra me irritar.
Mas eu sempre desconfiei da integridade mental dela.
Ela tem o pior genio da fase da terra. Ou as coisas são de jeito dela, ou simplismente não são. Ela faz bico, sapateia, bate pé, sobe a escada parecendo a cavalaria de Tróia e bate a porta com toda a força.
Aaah, que agradável.
Ela abre a porta do escritório e fica de guarda na porta, me olhando com uma cara de 'Alô-ô! Vai sair agora ou não?'. Tudo que eu faço e chutar ela pra fora (as vezes, literalmente) e fechar a porta.
Ela se veste mal, consegue ser a menor poser que eu conheço, e é egoísta. É preciso apelar para o emocional para fazer ela tomar banho.
Sem mencionar que sempre que alguma coisa minha some, eu acho no quarto dela. Engraçado como minhas coisas adoram se teletransportar pra lá.
Em sumo, a convivência é agradabilíssima.
Qualquer interessado, favor entrar em contato com Marina pelo numero 0800-criadocapeta-666.
Pronta entrega. ;D
Ela me tira do sério.
Ela acaba com a minha 'paciência de Jó'.
Ela realmente, tem um dom.
Cena:
Eu acabou de chegar em casa, ligo a tv e começo a assistir qualquer coisa. Cinco minutos depois, ela desce do escritório para a sala.
- Eu não gosto desse programa.
- Problema é seu.
- Mas eu não quero ver. MUDA!
- HAHA ! Você estava no computador, volta pra lá, vai.
- Mas eu já tinha pensado em descer pra ver tv bem antes de você chegar, tá ?!
Detalhe, ela tem 11 anos. E assiste Discovery Kids.
Eu acho que a) ela é retardada e esconde muito bem dos meus pais b) ela faz só pra me irritar.
Mas eu sempre desconfiei da integridade mental dela.
Ela tem o pior genio da fase da terra. Ou as coisas são de jeito dela, ou simplismente não são. Ela faz bico, sapateia, bate pé, sobe a escada parecendo a cavalaria de Tróia e bate a porta com toda a força.
Aaah, que agradável.
Ela abre a porta do escritório e fica de guarda na porta, me olhando com uma cara de 'Alô-ô! Vai sair agora ou não?'. Tudo que eu faço e chutar ela pra fora (as vezes, literalmente) e fechar a porta.
Ela se veste mal, consegue ser a menor poser que eu conheço, e é egoísta. É preciso apelar para o emocional para fazer ela tomar banho.
Sem mencionar que sempre que alguma coisa minha some, eu acho no quarto dela. Engraçado como minhas coisas adoram se teletransportar pra lá.
Em sumo, a convivência é agradabilíssima.
Qualquer interessado, favor entrar em contato com Marina pelo numero 0800-criadocapeta-666.
Pronta entrega. ;D
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