domingo, 18 de maio de 2008

Primeira fase

Téctéctéctéctéctéctéctéctéc...
"Porra, que barulho chato". Era isso que eu pensava enquanto ia pulando muitas questões da prova.

Pois é. Cheguei na escola onde o encontro foi marcado. Primeira etapa do processo de seleção para o intercâmbio. Minha mãe olhou para a representante.
- Só ela fica?
A mulher confirmou com a cabeça e minha mãe foi embora. SIM, ELA FOI.
Ok, estou tranquila.
Sentei numa poltrona e fiquei observando uma familia. O filho estava todo agitado, olhando documentos numa pasta. Opa! Documentos? Não sabia que era pra trazer documento nenhum...
- Vai pra onde?
A mãe do garoto começa a conversar comigo. Falamos sobre o intercâmbio, sobre a experiência que isso traria e todos os assuntos relativos a isso.
No meio da conversa, a representante avisa que a reunião vai começar.
Todas as familias e eu, numa sala de aula pequena, onde duas pessoas explicam o básico sobre a ong de intercâmbio. Opa, de novo! Por que todo mundo trouxe uma caneta? Droga, vim despreparada!
- Agora os pais vão ficar aqui conversando comigo enquanto os jovens vão fazer a prova na outra sala, ok?
PROVA? QUE PROVA?
Para minha sorte, um menino tinha uma caneta a mais. Droga, não sabia que eu ia ter que fazer uma prova !
A primeira parte é sobre conhecimentos gerais. Ó DEUS! téctéctéctéctéctéctéctéctéc...
"Porra, que barulho chato". Era isso que eu pensava enquanto ia pulando muitas questões da prova.
Qual é a capitão do Afeganistão?
Com quantos paus se faz uma jangada japonesa? COMO EU VOU SABER?
A segunda parte é uma redação: Quem é você e por que você quer fazer intercâmbio?
"Meu nome é Marina, tenho 15 anos e provavelmente não fui muito bem na parte I dessa prova...". Sim, esse foi o começo. Imagine o resto da prova.
Agora é só multipla escolha, ok, eu consigo.
Quando acabei a prova, fiquei esperando a entrevista.
Depois de muita conversa jogada fora com um dos candidatos, chegou minha vez.
- Por que você acha que a AFS deve escolher você?
Eu queria gritar. Ah, como eu queria.
Por que eu? O que eu realmente tenho de especial? Nada. Eu sou comum. Me misturo na multidão.
Mas é claro que não foi isso que eu respondi.
No final da entrevista, quando eu achava que a minha agonia tinha acabado, eu comecei a conversar com um outro candidato.
- E ai, quantas capitais você respondeu?
- Ah, só deixei duas em branco. Respondi todo o resto.
Que merda. Me ferrei.

Só para que você saiba, a capital do Afeganistão é Cabul.

2 comentários:

Unknown disse...

NOSSA.....

vc passa por cada coisa em...mais sorte na proxima seletiva!!!

HAHA!!

Marcela Campos disse...

hahaha, amei o texto! hahah, nossa, mas cada pergunta hein! realmente como vc vai saber com quantos paus se constrói um nao sei o que lá japonês, meu deus! hahah muito legal o seu texto mesmo! passa lá no meu blog qualquer dia desses. beijo :)