domingo, 5 de dezembro de 2010

narrador observador

Ela não sabia no que acreditar. Não tinha certeza se querer era o bastante. Sempre soube que querer e poder eram coisas distantes e distintas. Nem todo o positivismo do mundo tinha poder de transformar as coisas em realidade.
Mas a frustração era tanta! Ela já havia pensado em desistir. Ela parou de acreditar por um tempo. Nunca havia visto, tocado ou tido prova alguma de que aquilo era real. Tudo que ela tinha eram as palavras, mas de que uso são palavras? Nenhum, eu te digo. Ela dizia que palavras eram letras que foram colocadas juntas. Nem sentido elas faziam. Não numa situação como aquela.
Mas então do que é que tanto se fala? Todas as musicas, a poesia e os filmes nas prateleiras. Se não era real, o que eles faziam ali?
Se todos aprendem aos 6 anos que são seus pais que compram as bonecas no final do ano, por que continuam aqui, acreditando e fazendo rimas sobre algo que nem é possivel ser provado?

#62


Eu queria que acontecesse alguma coisa na minha vida; que eu conhecesse alguém que pudesse responder todas as minhas perguntas.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

21:55

Eu sei que estou fazendo tudo ao contrário, mas essa sensação de final me irrita e eu só quero que acabe logo. Não acredito que me agarrar ao pouco que me resta vá fazer diferença alguma.
Vou te contar uma coisa que você finge não saber: você não precisa de ninguém. Não literalmente, não fisicamente falando. Todo mundo sobrevive, por mais dificil que seja a partida.

sábado, 27 de novembro de 2010

8 para 8

D. - Sinto falta das caronas ilegais, das tardes no gramado da biblioteca e de The Xx pela manhã.
T. - Sometimes, I still need you.
C. - Eu torço pra você não passar. Desculpa.
L. - Sou eu ou somos nós?
L. - Às vezes, eu queria trocar de lugar.
M. - Eu falo que não tenho medo, mas eu tenho sim.
T. - Não sei te agradecer o suficiente.
I. - Nunca mais vai ser a mesma coisa e tanto eu quanto você fingimos não perceber que essa verdade está no ar o tempo todo.


E eu deixo por isso mesmo, falando pra mim mesma que isso é suficiente e que eu não preciso contar pra mais ninguém.
Sinto falta de escrever
Acho que essa era a unica coisa boa da nossa (não) relação, que foi tão caótica e sofrida.
Eu te mandei embora e você levou as palavras com você.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

mão dupla

E se eu quiser escrever algo que faça sentido? Talvez eu tenha cansado de escrever coisas sem sentido pra pessoas que eu penso que conheço e finjo que não sinto falta.
Eu bem que podia parar de me fazer de vitima e me concentrar no que importa. Mas aí não sai nada. Inclusive, já travei de novo.
Queria voltar a ser como era antes, onde eu sentava e começava. Assim, logo de cara.
Eu tenho essa sensação de que tem muita coisa acontecendo, mas é tudo igual. Um erro na Matrix, eu disse.
Só não acho justo comigo mesma ficar me remoendo por dentro por algo que nem vai chegar tão cedo, mas como eu já falei, eu banco a vitima e não consigo evitar. Eu sofro por antecipação e parece que até gosto disso. Essa sombra de final que eu vejo o tempo todo. Cada sorriso é como se fosse o ultimo e cada clichê (incluindo esse aqui) parece a mais inédita verdade absoluta.
Me deixei contagiar pela epidemia que afeta as pessoas na mesma situação que eu.
Mas quer saber? Eu já cansei de lutar pra ser a excessão de todos os casos. As vezes, ser igual é o diferente.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sem tradução

My biggest fear at the moment is not being reproved. I’m not afraid of the dark anymore and clowns don’t scare the shit out of me any longer. Not even the future freaks me out.
I’m dead scared of being forgotten. I don’t want you to miss me or to cry for me. I just you to remember me, even If only once in a while.
I know you’ve got your own life and I also have mine but all I ask you is to think of me sometimes. And, if you do, I hope all you got are the good memories.