quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Eduardo;

Eu estou escrevendo essa carta não porque eu tenho realmente a intenção de te mandar, e sim porque eu preciso ocupar meu tempo e as folhas jogadas pelo meu quarto.

Eu sei exatamente o que você me diria agora. Você ia escolher com muito cuidado cada palavra e ai acabar dizendo 'que fica feliz por mim, mas que esta preocupado por ver que eu não estou agindo normalmente'. Bullshit ! Eu sei que você não esta nem um pouco feliz porque você me conhece muito bem e sabe o que eu penso sobre isso tudo.
Nunca parei pra pensar, mas acho que esse é um dos motivos de sentir tanto a sua falta.
Sinto falta de ter alguém que me olhe e saiba o que eu to sentindo, assim eu não vou precisar admitir que sinto.
É. Acabei de admitir que odeio admitir. Mas uma vez, você me venceu e nem precisou fazer nada.
Mesmo sem te ver, consigo te enxergar rindo disso aqui e tenho que confessar que isso aqui é praticamente uma carta suicída.
Ultimamente, eu tenho procurado motivo, sabe.
O nó na minha garganta tem aumentando, apesar das coisas estarem melhorando por aqui.
Eu tenho lido muito. Acho que é mais um jeito de tentar passar o tempo, que só passa quando eu preciso dele.
Hahaha. Ó céus, ó vida, ó azar !
Mas que graça teria se as coisas fossem assim tão simples ?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Alô Ratinho ?

Contrariando todas as leis, teorias e regrinhas que eu aprendi na escola, acho que não herdei nada dos meus pais. Parece que meu DNA veio ao mundo como uma folha A4. Em branco.
Essa é a unica explicação racional para o fato de eu não ser nada parecida com meus pais.
Minha mãe é irritantemente carente, enquanto eu não gosto de contato físico (haha)
Meu pai gosta das coisas arrumadas e eu só me organizo no desorganizado.
Minha mãe adora demonstrar o que ela sente, já eu, acho que isso um desperdicio de tempo.
Meu pai gosta de tudo sempre igual. Eu nem comento sobre o assunto...
Mas o que mais me entriga é no quesito musical. E não em refiro aos talentos musicais (nem à falta deles).
Eu posso dizer que sou literalmente movida á musica. A musica é essencial feito comida e agua. Escuto musica no banho, fazendo lição, quando eu leio, quando eu estou no carro, quando eu vou no shopping, enquanto eu estou dormindo e acho que quando não tem musica de verdade, eu canto pra mim mesma. E tudo isso, no ultimo volume.
A briga constante aqui em casa é "Marina! Desliga esse som !"
Eles não escutam musica.
No carro, é sempre aquele silêncio desagradável. Que eu sempre quebro dizendo 'Liga o rádio, por favor'. Ai vem a briga pelo tipo de musica, mas se eles gostassem de ALGUMA musica, já ia ser alguma coisa, mas não é o caso.
As vezes tenho a impressão de que eles não escutam as mesmas musicas que eu só pra me irritar, mas é claro, esse é meu dever de filha paranóica. Pensar que tudo que os pais fazem é parte de uma conspiração contra mim.
Bom...
Eu sempre disse pra minha irmã que ela era filha do vizinho.
Vai saber se a filha do vizinho não sou eu?


Alguém ai sabe onde eu faço um exame de DNA ?

domingo, 17 de fevereiro de 2008

É pro caso nº 3

Tem coisas que a gente sabe que é ruim só pela experiência de terceiros, mas como não podemos injetar, cheirar ou fumar a televisão, lá vou eu assistir aos programas mas 'comentados' para formar uma opnião palpável.
Zapeando de canal em canal, acabei parando no 'Melhor do Brasil'. Três homens tentando se passar por solteiro/casado/gay, com o propósito de enganar uma mulher. Cada chute errado dela vale mil reais pra algum deles. Com a participação não tão especial assim do mais novo evangélico, Alexandre Frota, o programa só não fica mais patético porque eu não estou no lugar daquela boazuda, usando um sutiã brilhante.
Mas o que mais me impressionou (ou será que me assustou?) foram os programas do SBT. Logo pela manhã, temos um misterioso projeto de gente usando vestidos lotados de babados gritando 'PlayStation! PlayStation' e no final do dia, não se esqueçam do 'Fantasia', afinal, não há nada melhor do que ver 8569635856 mulheres de biquini cantando o hino do seu time do coração e ouvir pessoas desocupadas gritando 'eu sou fã do SBT!'
Agora, peço atenção para o melhor (?) da programação: Casos de família.
Sim, minha relação com esse programa é antiga, pois não é de hoje que eu assisto isso (sinto certa vergonha em admitir).
Regina-alguma-coisa comanda o programa com a sua melhor cara de 'Jó' enquanto anuncia o tema polêmico do dia.
"Meu marido me bate". Sim, esse é o tema.
Nisso, entra uma pobre infeliz chamada Maria-alguma-coisa (nada contra, só pra deixar claro) e diz 'o meu marido chega em casa bêbado e me bate', então entra seu marido e revela 'eu chego em casa bêbado e bato nela'. Entram outros casais que contam a mesma história, mudando apenas um detalhe aqui, outro ali. Ai é a hora da platéia interagir. Sempre tem uma senhora que levanta e dá uma bronca em algum dos casos, o que ela acha que é mais critico.
Então nossa santa apresentadora fala com os participantes, naquela voz ensaiada de quem fala com criança que riscou a parede de giz, que eles não podem mais fazer aquilo (seja bater ou apanhar).
O casal sai feliz e saltitante.
Aposto que quando sair da emissora, ele vai entrar no Bar do Elias, beber e bater na mulher, pra ela aprender a não ir reclamar da vida deles na Tv.
Sim, meus amigos. Telebarracos, eu diria.

As vezes eu acho que o Silvio esta caduco, mas se eu parar pra pensar direito, eu consigo me escutar dizendo: 'Pode ser horrível, mas você assiste, não é?'

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A história mais antiga do universo

Sabe aquele cara ali? Aquele sentado, bem ali?
Bom, ele é o grande amor da sua vida (Seja lá o que você chama de amor)

Ela vai segurar sua cintura e te olhar nos olhos e quando você for pensar no que aconteceu, seu nome já vai estar dentro de corações nas folhas do caderno.
Ele vai te ligar quando sentir sua falta, e vai desligar quando você perder a graça. Ele terá seu manual de instruções e você vai pensar varias vezes “como eu vivi tanto tempo sem ele?”
Ele vai te contar varias história que te farão chorar de tanto rir, e algumas outras sobre coração partido, que você desejará de todo coração que você o faça se sentir melhor. Você terá pressa. Ele também.

Em todos os assuntos possíveis e imagináveis, você terá alguma história de vocês para contar; vai levar o cachorro para passear todos os dias, sem pular nenhum; antes de perceber, mandará beijos para o porteiro quando desligar o interfone. Você é a felicidade na forma de gente. Você o conheceu, sua vida virou de ponta cabeça e agora você vive para e por ele.
Você vai chorar vendo novela, poemas onde “amor” rima com “dor” serão o que há de mais romântico, assim como tudo que vier dele.


Você vai ficar cega. Totalmente!

Uma noite, pouco antes de dormir, enquanto você penteia o cabelo que deixou crescer só porque ele gosta, o seu celular toca. É ele, terminando com você, daquele jeito.
Sem choro, sem emoção, sem motivo aparente. Seco, como se estivesse falando sobre os benefícios da energia solar sobre a nuclear.
Você vai ver que se tratando dele, é tão fácil se sentir bem e, em uma fração de segundos, você estará se sentindo péssima. Você vai querer falar com alguém, mas você só tinha ele, e agora, não tem mais.
Depois de 2 vidros de Valium, 1 mês e meio perdido e os amigos que você recuperou dizendo que a solução é se conformar, você vai entender o que sempre esteve na sua cara: Você não era para ele e ele, definitivamente, não era pra você.
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Happy Valentine's Day

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Marina por Marina

Não sou muito bonita. Odeio milhares de pequenas coisas que, quando se juntam, se tornam uma grande lista de coisas odiáveis (ou enjoadas)

Odeio pessoas que odeiam tudo (eu também estou nesse tipo de gente), principalmente coisas que são facilmente odiadas. Cantadas de pedreiro, político ladrão, pernilongo,falsidade,a Vanessa Paradis e a Preta Gil. Coisas que NINGUEM em pleno estado de sanidade mental, conseguiria gostar, então não gaste seu tempo dizendo o que todo mundo sabe.

Conheço meus limites e sei que nunca vou conseguir ouvir musica, estudar para a prova de física e ir bem na mesma. Sei também que nunca vou conseguir o corpo das modelos que vejo diariamente nas revistas, que só servem para que nós apontemos para nossa imperfeições (que são perfeitamente normais) e digamos " puxa, como eu gostaria de ser ela ".

As vezes, falo mais do que penso (falo bastante, compulsivamente) mas na maioria das vezes, penso mais do que falo (acho que meu pensamentos tem pensamentos). então, se você acha que eu falo demais, nunca ouviu minha mente. E se você conhece alguém que se agarra ao lema "vencer não é importante. o importante é competir", ela deve ter perdido casa/carro/filhos jogando poker.

só pra começar (: