domingo, 17 de fevereiro de 2008

É pro caso nº 3

Tem coisas que a gente sabe que é ruim só pela experiência de terceiros, mas como não podemos injetar, cheirar ou fumar a televisão, lá vou eu assistir aos programas mas 'comentados' para formar uma opnião palpável.
Zapeando de canal em canal, acabei parando no 'Melhor do Brasil'. Três homens tentando se passar por solteiro/casado/gay, com o propósito de enganar uma mulher. Cada chute errado dela vale mil reais pra algum deles. Com a participação não tão especial assim do mais novo evangélico, Alexandre Frota, o programa só não fica mais patético porque eu não estou no lugar daquela boazuda, usando um sutiã brilhante.
Mas o que mais me impressionou (ou será que me assustou?) foram os programas do SBT. Logo pela manhã, temos um misterioso projeto de gente usando vestidos lotados de babados gritando 'PlayStation! PlayStation' e no final do dia, não se esqueçam do 'Fantasia', afinal, não há nada melhor do que ver 8569635856 mulheres de biquini cantando o hino do seu time do coração e ouvir pessoas desocupadas gritando 'eu sou fã do SBT!'
Agora, peço atenção para o melhor (?) da programação: Casos de família.
Sim, minha relação com esse programa é antiga, pois não é de hoje que eu assisto isso (sinto certa vergonha em admitir).
Regina-alguma-coisa comanda o programa com a sua melhor cara de 'Jó' enquanto anuncia o tema polêmico do dia.
"Meu marido me bate". Sim, esse é o tema.
Nisso, entra uma pobre infeliz chamada Maria-alguma-coisa (nada contra, só pra deixar claro) e diz 'o meu marido chega em casa bêbado e me bate', então entra seu marido e revela 'eu chego em casa bêbado e bato nela'. Entram outros casais que contam a mesma história, mudando apenas um detalhe aqui, outro ali. Ai é a hora da platéia interagir. Sempre tem uma senhora que levanta e dá uma bronca em algum dos casos, o que ela acha que é mais critico.
Então nossa santa apresentadora fala com os participantes, naquela voz ensaiada de quem fala com criança que riscou a parede de giz, que eles não podem mais fazer aquilo (seja bater ou apanhar).
O casal sai feliz e saltitante.
Aposto que quando sair da emissora, ele vai entrar no Bar do Elias, beber e bater na mulher, pra ela aprender a não ir reclamar da vida deles na Tv.
Sim, meus amigos. Telebarracos, eu diria.

As vezes eu acho que o Silvio esta caduco, mas se eu parar pra pensar direito, eu consigo me escutar dizendo: 'Pode ser horrível, mas você assiste, não é?'

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